Há os que defendem o impacto como apelo. Outros praticam uma comunicação mais amena, que os criativos de plantão rotulam como "coxinha", que isenta a possibilidade de múltiplas interpretações (incluindo negativas), ao passo que é lugar comum, adaptável a praticamente qualquer segmento de mercado. Entre esses dois extremos, na minha opinião, reside a criatividade, inteligente e eficaz em resultados positivos.
A criatividade que rende bons resultados, financeiros ou de gestão de imagem de marca, é o maior desafio. Depende de, além de um excelente repertório cultural, uma dose de talento e MUITO bom senso. Este último, passa por valores como ética, responsabilidade e autocrítica, instrínsecos a qualquer cidadão, mas especialmente ao que escolhe a comunicação social como carreira profissional.
O que causa espanto, ao observar o anúncio abaixo, é que o processo de aprovação de uma peça normalmente passa pelo crivo de vários comunicólogos sociais, publicitários dotados de um mínimo bom senso, mas que parecem deixar-se seduzir mais pela "sacadinha publicitária" que pelo conteúdo.
Fonte: Missão Praia da Costa |
O anúncio da Missão Praia da Costa está dando o que falar nesta semana, em Vitória/ES. Afinal, até que ponto é saudável para o público, mas especialmente para o cliente, arriscar a veiculação de um anúncio concebido para ser impactante?
Dentre as várias ponderações, uma é velha conhecida dos criativos: é mais fácil encontrar uma sacadinha que investir horas e horas na tentativa de algo inteligente, afinal o "-cliente não enviou um briefing e o layout deve estar finalizado e aprovado às 16h pra mandar pra gráfica". Na dúvida entre uma sacadinha acéfala e na impossibilidade da criação de algo inteligente, eu fico com a coxinha.
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