4 de outubro de 2012

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Vale tudo?

O Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (Conar) decidiu, por unanimidade a suspensão da veiculação de dois anúncios da nova campanha Duloren. Dentre os argumentos, estão os de banalização do programa de ocupação das favelas do Rio, exposição da mulher como objeto sexual e por aí vai. Confira a peça:


No entanto, apesar da polêmica envolvendo a retirada da peça, a X-Tudo Comunicação pode ter acertado a boa. A participação massiva de internautas em redes sociais trouxe consigo uma dinâmica de potencialização viral que foge ao controle do Conar. E a publicidade pode ganhar ou perder com isso.

Neste caso, a agência e, principalmente, a Duloren, podem ter sido beneficiadas pelo próprio processo de retirada da campanha. O público adora esse tipo de polêmica e, nos próximos dias, é possível que chovam opiniões, contrárias e favoráveis, pulverizando a imagem, tornando o caso um grande viral. Bom pra agência, ótimo para o cliente (ou não).

Isso tudo nos traz uma questão complicada sobre o rumo do conteúdo da comunicação publicitária. Se, por um lado, a proibição dá mais audiência e buzz que a propaganda tradicional, é possível provocar um viral de maneira proposital? E, afinal: vale a pena criar uma campanha com a finalidade de ser retirada do ar para, assim, alcançar resultados maiores?

Abaixo outra peça, igualmente polêmica, parte da campanha:

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